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Indústria nacional cresce 0,1% no mês de abril

Influenciado por bens de capital, que são usados para criar outros produtos, produção industrial cresce pelo segundo mês consecutivo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente em sua “Pesquisa Industrial Mensal” um dado que tem animado o setor industrial. Em abril de 2016, a produção industrial nacional alcançou uma ligeira variação positiva de 0,1%, se comparado ao mês anterior, março de 2016.
O ligeiro acréscimo da atividade industrial na passagem de março para abril mostrou taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, os principais impactos positivos foram registrados por produtos alimentícios, que avançou 4,6%, e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), com o primeiro apontando a segunda expansão consecutiva e acumulando nesse período crescimento de 10,9%; e o último eliminado parte do recuo de 6,7% verificado em março. Vale destacar que nesses ramos, o resultado desse mês foi influenciado, em grande parte, pela antecipação da moagem da cana-de-açúcar favorecida pelo clima seco na maior parte da região Centro-Sul do país. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,3%), de celulose, papel e produtos de papel (2,7%), de máquinas e equipamentos (2,0%), de bebidas (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,9%).
Essa porcentagem parece pequena, mas o resultado foi o melhor do que o esperado, uma vez que bancos e consultorias previam uma queda que poderia chegar a 0,9%. Esse foi o segundo mês consecutivo que a produção industrial brasileira cresceu. Em março o avanço já havia sido de 1,4%.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao avançar 1,2%, mostrou a expansão mais acentuada em abril de 2016 e a quarta taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período ganho de 7,7%. O IBGE destacou que esses resultados interromperam três meses seguidos de queda na produção e que acumularam redução de 12,9%.
Na prática, mais bens de capital significa mais investimentos e sugere, ainda, um início de retomada da confiança de empresas e famílias.
O grupo de bens intermediários, que são os absorvidos durante o processo de produção, a exemplo de partes eletrônicas na fabricação de um celular ou computador, também apresentou números positivos. Houve um crescimento de 0,5% no mês, interrompendo a sequência de duas quedas consecutivas.
Recuperação
Apesar dos dados do IBGE mostrarem taxas positivas no mês, muito ainda precisa ser feito para a retomada do crescimento industrial, um dos setores que mais foi impactado pela crise dos últimos anos. No acumulado do ano até abril, a indústria mostrou queda de 10,5%, com taxas negativas disseminadas nesse tipo de comparação.
Diante desse quadro, segundo o Portal Brasil, o governo tem tomado medidas, a exemplo da proposta de limite para os gastos públicos e do congelamento de subsídios, ações que vão colocar as contas públicas em ordem e estimular investimentos.
Com informações: IBGE, JC Online, Portal Brasil